O estado do Ceará encerrou o mês de março com 51% das reservas hídricas acumuladas nos açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). O índice representa uma melhora em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o volume acumulado era de 45%. Atualmente, 41 reservatórios estão sangrando no estado, indicando um cenário mais positivo para a gestão dos recursos hídricos.
Entre os maiores reservatórios cearenses, o Açude Banabuiú atingiu 36% de sua capacidade. Já o Açude Castanhão, maior reservatório do estado, acumula 29% da capacidade total. Por outro lado, o Açude Orós, o segundo maior do Ceará, apresenta uma situação mais confortável, com 75% de sua capacidade preenchida.
A análise por bacia hidrográfica revela disparidades regionais. A Bacia do Litoral se destaca como a mais bem posicionada, com 99% de suas reservas hídricas acumuladas. As bacias do Acaraú, Coreaú, Metropolitana e Ibiapaba também demonstram volumes expressivos, superando os 70% da capacidade total. No entanto, outras regiões enfrentam desafios significativos: as bacias do Médio Jaguaribe, onde está localizado o Açude Castanhão, e os Sertões de Crateús registram volumes abaixo de 30%. A Bacia do Banabuiú encontra-se com 36,6% de sua capacidade.
Dos 157 açudes monitorados pela Cogerh, além dos 41 que estão sangrando, 16 reservatórios apresentam volumes superiores a 90%, mas ainda não atingiram o limite máximo. Por outro lado, 30 açudes operam com menos de 30% de sua capacidade, refletindo a heterogeneidade na distribuição dos recursos hídricos no estado.
As autoridades destacam que, apesar dos avanços registrados, é fundamental manter políticas de uso racional da água e investir em infraestrutura para garantir a segurança hídrica em períodos de estiagem. O cenário atual, embora mais favorável que o do ano passado, reforça a necessidade de planejamento estratégico para mitigar os impactos das variações climáticas no semiárido cearense.