A pele de tilápia, técnica inovadora e revolucionária no tratamento de queimaduras, acaba de ganhar a primeira patente no Brasil. A pesquisa, iniciada na Universidade Federal do Ceará (UFC), vem sendo desenvolvida há oito anos e já é aplicada em institutos de pesquisa e hospitais de várias partes do mundo.
A pele de tilápia tem uma estrutura semelhante à pele humana e apresenta propriedades que a tornam ideal para o tratamento de queimaduras. Ela é rica em colágeno, que ajuda na cicatrização, e é resistente à infecção. Além disso, a pele de tilápia não precisa ser removida, o que diminui o desconforto e o estresse para o paciente.
Os estudos com a pele de tilápia têm demonstrado resultados promissores no tratamento de queimaduras de diversos graus. Em um estudo realizado no Instituto Dr. José Frota, em Fortaleza, a pele de tilápia foi aplicada em 20 pacientes com queimaduras de segundo grau. Os resultados mostraram que a pele de tilápia acelerou o processo de cicatrização e diminuiu a incidência de infecções.
Além do tratamento de queimaduras, a pele de tilápia também tem sido estudada para outras aplicações médicas, como o tratamento de úlceras, cirurgias de reconstrução vaginal e redesignação sexual.
A patente da pele de tilápia no Brasil é um importante passo para o desenvolvimento dessa tecnologia. A patente garante os direitos de exploração comercial da técnica, o que pode contribuir para a sua popularização e para o acesso de mais pacientes a esse tratamento inovador.