O programa Rotas da Integração Nacional, executado pela Secretaria Nacional de Desenvolvimento Regional (SDR) desde 2011, atua no fortalecimento da Rota do Mel e de outras cadeias produtivas locais, oferecendo apoio como cursos de capacitação e kits aos produtores familiares.
Nesta terça-feira, 14, o evento chega à região Crateús e abrange os seguintes municípios: Poranga, Ararendá, Ipaporanga, Tamboril, Monsenhor Tabosa, Crateús, Novo Oriente, Independência, Tauá e Parambu.
O esforço é de valorização da cadeia produtiva do mel de abelhas no Ceará que neste ano tem expectativa elevada de produção mediante boas floradas no sertão.
O presidente da Federação dos Apicultores do Ceará (Fecap), Irineu Machado Fonseca,destacou a importância da articulação, organização dos apicultores e a expectativa de crescimento da produção regional. Em parceria com o Sebrae a Fecap promove o Seminário Cearense sobre Abelhas como reuniões nos municípios. No próximo dia 25 deste mês, o encontro será em Paramoti, no auditório da secretaria de Educação.
Investimentos à produção
Em todo o Ceará já são mais de R$ 5,6 milhões investidos para o fortalecimento da cadeia produtiva do mel nos municípios de Poranga, Ararendá, Ipaporanga, Tamboril, Monsenhor Tabosa, Crateús, Novo Oriente, Independência, Parambu e Tauá.
Diversas ações da Secretaria do Desenvolvimento Agrário sustentam a postulação da cadeia através de ações da Coordenadoria do Desenvolvimento das Cadeias Produtivas da Pecuária (CODEP). Foram R$ 713 mil aplicados para aquisição e distribuição de ninhos completos, melgueiras, indumentárias, fumegador, formão, cera aveolada e bruta, além de capacitações, em parceria com o INCRA e o Ministério da Integração, a 84 agricultores no Sertão de Crateús.
No âmbito do Projeto Paulo Freire são contabilizados R$ 652.050,00 aplicados em atenção a 138 beneficiários em nove comunidades de Parambu e oito em Tauá. No São José III o Governo do Ceará já investiu R$ 4.299.871,36 nos Sertões de Crateús e no Centro Sul, totalizando 461 produtores contemplados com o aporte.
Outros municípios beneficiados
Também com números significativos em atenção à apicultura, os municípios de Mombaça, Acopiara, Jucás, Cariús, Quixelô, Iguatu, Cedro, Orós e Icó, no Centro Sul, estão sob avaliação para, em um segundo momento, integrarem o projeto da Rota do Mel.
De acordo com o secretário De Assis Diniz, “o mel cearense não pode se dar ao luxo de ser reconhecido apenas como remédio, mas devemos aproveitar o potencial das nossas vocações com o montante investido para iniciarmos uma nova ordem: a da comercialização e inclusão na alimentação regular das famílias brasileiras”.
No início do ano, a SDA recebeu do governador Camilo Santana o desafio de levar aos restaurantes os produtos da agricultura familiar incluindo o mel. “Agora estamos nos organizando para produzir com regularidade e comercializá-lo, gerando emprego e renda”, comenta Diniz.
Dados da Associação Brasileira de Exportadores de Mel (Abemel) afirmam que, em 2017, o Brasil exportou 27 mil toneladas de mel natural. Isso equivale a mais de 121 milhões de dólares injetado na economia.
Segundo a entidade, a região semiárida alcança posição de destaque no mercado devido ao fato do produto ter baixa contaminação por pesticidas, já que a produção é proveniente de florada de vegetação nativa.
(Diário do Nordeste)