Amamentar proporciona inúmeros benefÃcios tanto para a mãe quanto para o bebê, além de fortalecer o vÃnculo afetivo entre eles. Um dos principais benefÃcios para a saúde da mulher é a redução do risco de câncer de mama. Estudos indicam que a amamentação por mais de um ano pode diminuir o risco de desenvolver um tumor triplo-negativo em cerca de 20%. Para mulheres com mutações BRCA1, que têm predisposição ao câncer de mama e ovário, esse risco pode ser reduzido em até 50%.
De acordo com o mastologista Afonso Nazário, do Hcor, a possibilidade de desenvolver câncer de mama pode ser reduzida em 4,3% a cada 12 meses de amamentação e em 7% a cada parto. No entanto, os efeitos protetores da gravidez dependem da idade da mulher no primeiro parto. Quanto mais jovem, maior a proteção. Mães que tiveram filhos antes dos 25 anos têm um risco 35% menor de desenvolver câncer de mama na pós-menopausa em comparação com mulheres que nunca tiveram filhos.
Nesta quinta-feira, 1º de agosto, celebra-se o Dia Mundial da Amamentação, criado em 1992 pela Aliança Mundial de Ação pró-amamentação para promover o aleitamento materno e a criação de bancos de leite no mundo. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE), o número de mulheres que se tornaram mães entre 40 e 49 anos aumentou 16,8% entre 2018 e 2022. Mulheres que têm filhos entre 30 e 34 anos apresentam o mesmo risco de câncer de mama que aquelas que nunca tiveram filhos, de acordo com o especialista.
As vantagens da gravidez e da amamentação em idade jovem têm sido observadas consistentemente em vários paÃses e grupos étnicos, sugerindo que a proteção contra o câncer de mama resulta de mudanças biológicas na mama, e não de fatores ambientais ou socioeconômicos.