Em fevereiro, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Cageg), divulgados pelo Ministério do Trabalho, sinalizam para o início de uma gradual retomada do crescimento da economia cearense, com a geração de 64 empregos com carteira assinada.
“Diante da perspectiva de que a economia nacional venha a crescer 0,5% neste ano, o que reflete diretamente na economia cearense, esperamos uma melhora gradual dos indicadores do mercado de trabalho, ao longo do segundo semestre, ” analisa o presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Gilvan Mendes.
No Estado, entre os setores que mais geraram empregos, destaca-se a construção civil, com 1.066 novos empregos, um resultado significativo após onze meses consecutivos de saldos negativos. No mesmo período, o setor de serviços foi responsável pela criação de 972 empregos formais, sobressaindo-se os subsetores de ensino (1.003 vagas) e os serviços médicos, odontológicos e veterinários (167).
O saldo registrado interrompeu a trajetória de queda e manteve um nível de contratação positivo de 64 novas vagas, após dois anos de saldos negativos: fevereiro de 2016 (-4.171) e fevereiro de 2015 (-2.027) . Os números só não foram mais relevantes em virtude da redução do emprego nos setores do comércio (-1.438) e agropecuária (-869).
“Há de se ponderar que este saldo se deve muito mais à redução do nível de desligamento dos trabalhadores do que de um maior número de contratações, visto que, comparado com janeiro do mesmo ano, houve uma ampliação de 1.231 admissões e uma redução de 6.269 desligamentos, em fevereiro de 2017″, destaca o analista do mercado de trabalho do IDT, Mardônio Costa.
Com este resultado, o Ceará posiciona-se entre os 14 estados com saldos positivos no país, onde contavam apenas dois estados do Nordeste – Piauí (178) e Ceará (64). No outro extremo, destaca-se que dois estados do Nordeste registraram os maiores saldos negativos do mês: Pernambuco (-16.342 empregos) e Alagoas (-11.403).
(Site do Governo do Estado)