Morreu na manhã desta quarta-feira, 28, o ator, educador e diretor teatral cearense, Sidney Souto, 49. O artista estava internado há quatro dias no Hospital São José, em Fortaleza, com um quadro de histoplasmose, e faleceu por volta das 7h.
Segundo Juliana Carvalho, amiga de Sidney e companheira de trabalhos, há três meses o ator manifestou alguns sintomas da doença, mas foi diagnosticado com pneumonia, o que dificultou o tratamento do problema.
Natural de Monsenhor Tabosa, município a 319 km de Fortaleza, iniciou os trabalhos no teatro a partir de 1988, com a montagem do infantil “Flicls”.
Sidney foi professor substituto no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), e dirigiu espetáculos como o Majestic Bar.
O último trabalho do ator no cinema foi com o longa-metragem A Lenda do Gato Preto, ainda sem data prevista para estreia, sob direção do também cearense Clébio Ribeiro. Recentemente, Sidney teve mais um filme aprovado. Em parceria com o diretor Márcio Câmara, com roteiro dele e de Márcio, o trabalho iniciaria as gravações ainda no primeiro semestre deste ano.
Amigos e companheiros de trabalho lamentam morte de Sidney Souto
Sobre o profissional, a amiga Juliana ressalta, “além de grande ator, ele tinha um trabalho muito bonito e primoroso de direção, muita gente passou por ele, formou muitos atores. E também era pesquisador, um mestre mesmo, pesquisava muito o trabalho de ator. A contribuição dele para Fortaleza e para o Ceará foi muito importante”.
O secretário de Cultura de Fortaleza, Magela Lima, lamentou a morte precoce do ator e disse que era dono de um talento extraordinário. “Fez parte de uma geração de gigantes audaciosos do teatro de Fortaleza, tendo integrado a memorável Trupe Caba de Chegar e passado pelo Colégio de Direção Teatral em seu momento mais efervescente. Atualmente, tinha um diálogo muito produtivo com novos realizadores. Deixa um legado de dedicação e talento”, disse, em nota.
O corpo do ator será velado a partir desta tarde, no pátio interno do Theatro José de Alencar. A cerimônia deve se estender até a noite.
(O POVO Online)
