O nome da operação é uma referência a Mônica Lewinsky, estagiária da Casa Branca que se tornou pivô de um escândalo por causa de relações sexuais com o então presidente do Estados Unidos Bill Clinton na década de 1990.
Foi neste mesmo período que a acusada pela PF fez estágio no INSS. O delegado Marcílio Zocrato, que presidiu o inquérito, acredita que no período em que a suspeita atuou no órgão “ela tenha aprendido com tramitam os processos no INSS” para pôr em prática a fraude.
Segundo o delegado, ela aliciava interessados e cobrava para falsificar documentos com comprovação de tempo de serviço, inclusive em órgãos públicos.
“Ela fornecia a documentação forjando vínculos empregatícios inexistentes. Parece que os documentos ela mesma forjava e apresentava aos clientes”, observou.
Ainda de acordo com a PF, a mulher cobrava R$ 2 mil por documento e ainda ficava com a primeira parcela dos benefícios obtidos por meio da fraude. A psicóloga já foi investigada em 2004 pelo mesmo tipo de crime e chegou a ser condenada, mas a Justiça Federal aplicou pena alternativa porque a sentença determinou período de prisão inferior a quatro anos.
Mesmo condenada, de acordo com o delegado Felipe Drummond, ela continuou a cometer a fraude em Belo Horizonte e em Divinópolis, na região central de Minas.
Ela foi encaminhada à Penitenciária Estevão Pinto, na capital, e pode ser condenada a mais de seis anos de prisão para cada fraude confirmada. A PF informou que também vai instaurar inquéritos para investigar os beneficiários do esquema, que podem ser condenados a penas semelhantes.