O Ceará registrou a primeira queda do ano no volume de homicídios, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Em agosto, foram registrados 314 assassinatos. A média foi de 10 mortes por dia. Houve redução de 15% com relação a agosto de 2013, quando ocorreram 370 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs). Foi também a primeira vez que a meta geral de redução de homicídios, estipulada em 6%, foi cumprida no Estado. Desde que a nova política de metas e premiações foi anunciada pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), apenas algumas áreas ou regiões haviam alcançado redução.
Agosto de 2014 também foi considerado o mês menos violento do ano, seguindo a tendência de redução do mês anterior, julho, quando ocorreram 338 assassinatos no Estado. Na ocasião, houve queda de 9% com relação a junho, que registrou 373 assassinatos. Segundo a SSPDS, a desaceleração do crescimento dos índices criminais é resultado da integração entre as forças de segurança proporcionada pelo Programa em Defesa da Vida. A secretaria também atribuiu a redução dos homicídios ao trabalho das polícias, mediante os levantamentos realizados pelo setor de inteligência da pasta, que apontou as áreas, horários e dias em que costumam ocorrer os crimes.
Segundo o coronel Lauro Prado, comandante da Polícia Militar do Ceará, a segurança pública do Estado comemora os números em queda, mas ainda está vigilante. “Continuamos na expectativa que qualquer descuido possa trazer uma retomada (nos índices)”, comentou.
Para o comandante, a integração das Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros está contribuindo positivamente para o combate ao crime. “Estamos conscientizando nossa tropa de policiais e alertando que, embora tenha meritocracia, o mais importante é que vidas estão sendo salvas”.
Redução por AIS
Dentre as seis Áreas Integradas de Segurança (AISs) em que a Capital foi dividida, apenas a AIS-4 e a AIS-5 obtiveram redução. Ambas acima da meta de 6%. Na AIS-6, o volume de homicídios registrado em agosto de 2013, de três assassinatos, se manteve o mesmo. Nas demais, a quantidade de mortes aumentou.
(O POVO)