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Exportações de cera de carnaúba crescem quase 70% em 2024. China é o principal destino

As exportações de cera de carnaúba (vegetal) do Ceará cresceram 67,07%, em 2024, atingindo 11,9 toneladas, em comparação a 2022, quando o total foi de 7,1 toneladas. O incremento também ocorreu no valor, US$ 76,9 milhões contra US$ 49,44 milhões na mesma comparação entre os anos.

O desempenho cearense elevou a participação do Ceará no ranking nacional dos estados exportadores do produto, atingindo 71,19%. Em 2022, a participação cearense era de 55,74% e em 2023 de 67,97%.

A venda externa de cera vegetal (carnaúba) cearense, em 2024, aumentou a participação para 5,14% da pauta de exportações do estado, enquanto que, em 2022, era de 2,11% e em 2023, de 2,79%.

Os números estão no Enfoque Econômico (Nº 304) – Desempenho da Produção de Cera Vegetal Cearense em Anos Recentes, que acaba de ser publicado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

De acordo com o analista de Políticas Públicas Alexsandre Lira Cavalcante, autor do trabalho, juntamente com Ana Cristina Lima Maia, assessora Técnica do Ipece, em 2022, as exportações de cera vegetal do Ceará foram para 37 países, enquanto que, em 2023, passou para 42 e no ano passado para 46 países.

Os Estados Unidos foram o principal destino das vendas cearenses desse produto em 2022, com 22,1% de participação, seguido pela Alemanha (20,9%), Japão (14,1%) e China (11,1%).

Em 2023, a China passou a ser o principal mercado das exportações cearenses de cera vegetal, 20,5%. A Alemanha e Estados Unidos aparecem logo em seguida, com 20,3% e 17,8%, respectivamente. O Japão ficou em quarto lugar com 10,1% de participação.

Em 2024, a China permaneceu com principal destino, aumentando a participação para 23,1%. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar do ranking, com 21,6%, seguido por Alemanha (19,1%) e Japão (9,6%).

A cera de carnaúba é um insumo de extrema importância e versatilidade, cuja relevância tem crescido significativamente em um mercado que busca alternativas sustentáveis aos derivados de petróleo e de origem animal. O produto tem aplicações múltiplas na indústria de alimentos, cosmética, higiene pessoal, farmacêutica e indústria de polimentos automotivos, quando é amplamente utilizada por seu brilho profundo e duradouro. A cera tem, além disso, várias outras aplicações técnicas, como na produção de tintas, vernizes, adesivos e plásticos e borrachas.

O estado manteve sua posição de segundo maior produtor nacional, atrás apenas do estado do Piauí, mas com ganho de participação nos últimos três anos. “A cera vegetal vem ganhando força na pauta de exportações cearenses, aumentando expressivamente sua participação de 2,11%, em 2022, para 5,24% do valor exportado estadual em 2024, revelando-se como um dos principais produtos exportados pelo estado” – frisa Ana Cristina.

Para concluir, Alexsandre Cavalcante informa que, em 2022, dos 184 municípios cearenses, 82 produziram cera de carnaúba. Granja, localizado na região Norte, foi o maior produtor de cera de carnaúba, com participação de 20,8% da produção estadual, ou seja, um volume superior a 1,7 mil toneladas de cera vegetal.

Já em 2023 foi registrada produção de cera de carnaúba em 79 dos 184 municípios cearenses. O ranking apresentou os mesmos três primeiros municípios de 2022, com Granja com 18% de participação, Camocim com aproximadamente 13% e Coreaú com 7%. No ano de 2024, novamente Granja em primeiro lugar na produção de cera de carnaúba e Camocim em segundo lugar, com 18,8% e 13,0%, respectivamente.

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