O que parecia um acidente de trânsito em Monsenhor Tabosa revelou-se um caso de extrema violência. Duas pessoas morreram e outras ficaram feridas após serem vítimas de espancamento e tortura. O caso mobilizou uma grande operação policial no domingo (17), que terminou com quatro suspeitos presos.
A primeira vítima fatal foi Paula Irene Feitosa da Silva, 29 anos, natural de Monsenhor Tabosa, que morreu ainda no local. Sua companheira, Mariana Martins de Sousa, 31 anos, também foi agredida e segue internada com diversas lesões.
Outro caso grave envolveu o adolescente Ilson de Melo Pereira, 16 anos, irmão de Léo Vitor, também natural de Monsenhor Tabosa. Ele foi brutalmente espancado, sofreu múltiplos traumas, foi entubado e transferido em estado grave inicialmente para Crateús e, em seguida, para Sobral. Apesar dos esforços médicos, não resistiu e morreu na noite de domingo (17).
Um adolescente de 14 anos, irmão de Ilson, também foi agredido, mas sobreviveu e segue em recuperação.
Primeira versão: atropelamento
No hospital, Mariana relatou aos policiais que ela e Paula teriam sido atropeladas por um carro que fugiu sem prestar socorro. O adolescente de 14 anos, por sua vez, disse que havia caído de motocicleta com o irmão. Entretanto, nenhuma das versões foi confirmada.
Denúncia muda investigação
Populares entraram em contato com a base do BPRAIO em Tamboril e relataram que, na verdade, as vítimas haviam sido submetidas a espancamento e tortura. A informação levou a polícia a intensificar as diligências.
A ação, que contou com policiais do BPRAIO/Tamboril e do setor de inteligência do 7º BPM, iniciou-se ainda na manhã de domingo (17) e terminou na madrugada desta segunda-feira (18).
Quatro pessoas foram presas, suspeitas de envolvimento no crime:
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Victor Emanuel Silva Felix, 23 anos, residente no Centro de Monsenhor Tabosa.
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Iranildo de Sousa Barbosa, 36 anos, morador do bairro Massapê.
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Ana Beatriz Estevão da Silva, 22 anos, residente no bairro Carrapicho.
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Um adolescente de 16 anos, morador do Sítio do Meio, zona rural do município.
Na operação, a polícia apreendeu sete espingardas socadeiras, munições, pólvora, chumbo, espoletas, celulares, R$ 586 em dinheiro, drogas e roupas utilizadas no crime.
Os acusados foram encaminhados para a Delegacia Regional de Crateús, onde foram autuados por tortura e organização criminosa. Eles passaram por audiência de custódia nesta segunda-feira (18) e tiveram as prissões preventivas decretadas.
