A conta de energia dos brasileiros vai aliviar um pouco em dezembro. Depois de novembro marcado pela bandeira vermelha patamar 1, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que o sistema tarifário passará para a bandeira amarela neste mês.
Essa mudança reduz o custo adicional cobrado na fatura. O consumidor deixa de pagar R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos e passa a pagar R$ 1,885. Nos meses de agosto e setembro, o cenário havia sido ainda mais pesado, com bandeira vermelha patamar 2, que acrescentava R$ 7,87 a cada 100 kWh.
A Aneel explica que o país entrou no período chuvoso, e a expectativa é que dezembro registre mais precipitações do que novembro na maior parte do território nacional. Mesmo assim, o volume de chuvas ainda deve ficar abaixo da média histórica para o mês. Esse quadro um pouco mais favorável permitiu a redução do patamar, embora o acionamento de termelétricas continue necessário para atender a demanda.
A agência reforça que a geração solar, apesar de ter crescido muito nos últimos anos, é intermitente — não produz energia continuamente, sobretudo à noite e nos horários de maior consumo.
- Como funcionam as bandeiras tarifárias
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias funciona como um semáforo energético. Ele informa ao consumidor, mês a mês, quanto custa gerar a energia que chega às casas, comércios e indústrias pelo Sistema Interligado Nacional (SIN).
As cores representam os custos de operação:
• Verde: nenhum acréscimo.
• Amarela: cobrança intermediária.
• Vermelha patamar 1 e 2: custos mais altos, acionados quando o sistema depende de fontes mais caras, como termelétricas.
Esses indicadores levam em conta fatores como nível dos reservatórios, disponibilidade de fontes renováveis e necessidade de acionar usinas térmicas — que têm geração mais cara e poluente.
As bandeiras funcionam como um alerta do sistema elétrico: quando a cor muda, ela reflete exatamente o que acontece nos bastidores da geração de energia.
