O inverno irregular em 2025 deixou prejuízos expressivos para os agricultores dos municípios da região do Sertão de Crateús. O levantamento mais recente revela um cenário preocupante: a estiagem e as chuvas irregulares comprometeram grande parte das lavouras de milho e feijão, principais fontes de subsistência da agricultura familiar local durante a quadra invernosa de 2025.
As perdas variam de município para município, mas em todos os casos o impacto é significativo. Em Poranga, o feijão foi o mais afetado, com prejuízos que chegam a 92,6%. Já em Monsenhor Tabosa, o índice também é alarmante — até 77% das plantações do grão se perderam. Em Tamboril, cerca de 65% das lavouras foram atingidas, enquanto em Ipueiras a estimativa é de 60% de perda.
Em Crateús, sede da microrregião, os prejuízos médios ultrapassam 50%, e em Novo Oriente o milho teve queda de 59%, com o feijão logo atrás, em 55%. Outros municípios como Ipaporanga e Independência registram perdas semelhantes, aproximando-se de 60% e 70%, respectivamente.
O feijão e o milho, culturas que garantem tanto o alimento na mesa quanto parte da renda das famílias rurais, são os mais afetados pela falta de chuva. Agricultores relatam lavouras secas e colheitas inviáveis, cenário que ameaça não apenas a economia local, mas também a segurança alimentar de centenas de famílias.